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Campo Grande vai implantar conceito de Cidade-Esponja. Lei Municipal 7.511 traz diretrizes para o gerenciamento das águas pluviais Foto: Reprodução/Redes sociais

Sancionada lei que busca transformar Campo Grande em ‘Cidade-Esponja’

Campo Grande vai implantar conceito de Cidade-Esponja

Foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Município; Diogrande (30) a Lei Municipal 7.511, que institui e traz diretrizes para a implantação do conceito de ‘Cidade-Esponja’ em Campo Grande.

A legislatura busca promover a adoção de soluções sustentáveis para o gerenciamento das águas pluviais, reduzir alagamentos e enchentes, além de aprimorar a drenagem urbana. Este é um dos problemas recorrentes sempre que uma chuva volumosa ocorre.

Aumentar a permeabilidade do solo urbano

Entre as medidas listadas está aumentar a permeabilidade do solo urbano para facilitar a infiltração da água. Assim, reduz-se a sobrecarga das redes de drenagem tradicionais, minimizando enchentes. Além disso, devem ser ampliadas as áreas verdes e espaços de retenção hídrica para equilibrar o ciclo da água.

Também é preciso melhorar a qualidade da água com práticas de filtragem e reuso sustentável. Ademais, essas ações contribuem para a redução do efeito de ilha de calor e melhoram o microclima urbano.

A lei cita ainda que a implementação destas diretrizes poderá ocorrer por meio de ações como a criação de áreas permeáveis, jardins de chuva, telhados verdes, pavimentos drenantes e outras soluções de infraestrutura verde.

Cidade-esponja

Cidades como Harbin, Jinhua e Wuhan, na China, já adotam princípios de cidades-esponja. Além delas, metrópoles como Berlim, Copenhague, Singapura e Nova York também aplicam essas estratégias.

O conceito transforma o ambiente urbano para funcionar como esponja natural. Para isso, usa telhados verdes, pavimentos permeáveis e jardins de chuva. Essas medidas ajudam a gerenciar a água e a filtrá-la no solo. Assim, reabastecem os lençóis freáticos, mantendo o ciclo natural da água.

Benefícios das cidades-esponja:

  • Prevenção de enchentes: Ao absorver a água em excesso, o modelo reduz o volume de água que pode causar inundações nas áreas urbanas.
  • Combate à escassez de água: A infiltração da água no solo ajuda a reabastecer os aquíferos e lençóis freáticos, garantindo um suprimento de água mais sustentável.
  • Aumento da resiliência climática: As cidades se tornam mais adaptáveis a eventos climáticos extremos e menos previsíveis.
  • Melhora do ambiente urbano: As soluções naturais promovem a biodiversidade, sequestram carbono e melhoram a qualidade do ar e do solo, criando cidades mais habitáveis.

O conceito da cidade-esponja ganhou notoriedade mundial através do arquiteto chinês Kongjian Yu. Nesse sentido, em seus projetos, parques e áreas verdes funcionam como esponjas. Assim, absorvem o excesso de chuva e reduzem enchentes.

Yu foi uma das vítimas do acidente aéreo ocorrido na noite do dia 23 de setembro no Pantanal de Aquidauana. Na ocasião, ele sobrevoou a região juntamente com os documentaristas Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr. quando a aeronave caiu.

Fonte: CM CG