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A operação de auditores da Receita Federal nas últimas semanas acumulou quase quatro mil caminhões de carga na tríplice fronteira

Caminhões estão parados na tríplice fronteira e granjeiros são impactados

Quase 4 mil caminhões estão parados e a maioria das cargas é de alimentos industrializados e cereais

A operação-padrão de auditores da Receita Federal nas últimas semanas acumulou até este início de semana quase quatro mil caminhões de carga em Foz do Iguaçu (PR), na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, de acordo com o Sindifoz (Sindicato Patronal do Transporte Rodoviário Internacional de Carga).

O custo diário para transportadoras e motoristas autônomos é estimado em R$ 3,8 milhões.

A maioria das cargas dos caminhões parados na tríplice fronteira são de alimentos industrializados e cereais, segundo a entidade contatada pelo Notícias Agrícolas. Com a paralisação, os produtores de frangos e suínos, que trazem cargas do Paraguai para a produção de ração para alimentar os animais, já buscam alternativas em estados da região central do país.

Paralização na tríplice fronteira

Também há relato de impacto no transporte de cargas vivas. Também há perda de janelas de embarques em navios; custos adicionados logísticos com demurrage e outros pontos, problema com estocagem direta e terceirizada, redução nos níveis de produção. Dessa forma, uma empresa deixou de exportar mais de 10% de seus produtos.

“O Paraguai é um grande fornecedor de farelo de soja e milho para esses produtores. Nossa região é a que mais produz proteína do Brasil e acendeu uma luz vermelha na quarta-feira para a falta de alimentação para esses animais. Portanto, eles já estão buscando alternativas”, de acordo com o presidente do Sindifoz, Rodrigo Ghellere.

Por fim, em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que apoia os pleitos da carreira dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFAs) e que vem atuando junto ao governo federal.

Ao mesmo tempo, a entidade destaca a importância da manutenção do fluxo de produção.

“[A entidade] lançou mão de salvaguardas jurídicas, com Mandado de Segurança, para evitar que os prejuízos gerados se acumulem, o que poderia gerar consequências para o consumidor brasileiro e para os clientes internacionais da proteína animal do Brasil”, disse.