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Flordelis voltou a negar que tenha sido a mandante do assassinato de Anderson do Carmo

Câmara aprova a cassação do mandato da deputada Flordelis

O plenário da Câmara dos Deputados decidiu, por 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções, cassar a deputada Flordelis (PSD-RJ). A parlamentar, portanto, é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

Os deputados, portanto, acataram a recomendação do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), relator do processo no Conselho de Ética. O parlamentar argumentou, assim, que a deputada não conseguiu provar sua inocência. Dessa forma, ela tentou usar o mandato para cooptar um de seus filhos para assumir a autoria do crime. Flordelis era a única da família com recursos para comprar a arma do crime e teria abusado de prerrogativas parlamentares.

Cassação da deputada Flordelis

“As provas coletadas tanto pelo colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo”, afirmou Leite.

No que se refere a cassação de Flordelis, o deputado afirmou ainda, que mesmo que ela seja inocentada pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro pelo assassinato de Anderson do Carmo, a Câmara deveria manter a punição em âmbito administrativo. Segundo o relator, a Casa não faz julgamento criminal.

“A independência das instâncias permite essa diferenciação e dupla e eventual punição, porém, no Conselho de Ética tive o cuidado de não entrar na seara criminal do homicídio. Quem decidirá quem matou o pastor Anderson do Carmo não é a Câmara dos Deputados; é o Tribunal do Júri. Aqui, nós nos ativemos às questões meramente ético-disciplinares que regem o mandato parlamentar”, explicou.

Defesa

A deputada Flordelis, portanto, voltou a negar que tenha sido a mandante do assassinato de Anderson do Carmo. Ela, ainda, apelou mais uma vez para que os parlamentares aguardassem seu julgamento pela Justiça, antes de tomar uma decisão. Alegou, também, que por causa da pandemia de covid-19, não teve a oportunidade de contactar diretamente os colegas parlamentares para explicar sua situação.

Ft: agenciabrasil