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O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou em São Paulo o novo programa imobiliário do governo federal, no qual a Caixa vai financiar moradias. Foto: Reprodução/agência brasil/Ricardo Stuckert/PR

Caixa prevê financiar 80 mil moradias com novo programa imobiliário

Nesta sexta-feira (10), o presidente Lula deve anunciar um novo programa imobiliário da Caixa Econômica Federal, que financiará mais de 80 mil novas moradias até 2026

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, disse (9) em São Paulo que a novo programa imobiliário do governo federal – e que deverá ser anunciado nesta sexta-feira (10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva – deverá fazer com que a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil novas moradias até 2026.

De acordo com o governo federal, o novo programa prevê uma reforma estrutural no uso da poupança para alavancar o crédito habitacional. Modernizando as regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Com o objetivo de tornar o uso da poupança mais eficiente e ampliar a oferta de crédito imobiliário.

“A previsão é que só a Caixa Econômica Federal possa ter mais 80 mil novos financiamentos até 2026. Vamos começar isso imediatamente, agora. Então, só na Caixa estão previstos mais 80 mil novas habitações financiadas”, disse o ministro, que participou do evento Incorpora 2025, um dos maiores do setor e que reúne autoridades públicas, CEOs das maiores incorporadoras do país, representantes de instituições financeiras e especialistas para discutir os desafios e oportunidades do setor imobiliário no Brasil.

Além disso, o ministro afirmou que o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, o Ministério da Fazenda e o Banco Central trabalharam juntos na criação do novo modelo de crédito imobiliário. Segundo ele, o governo federal quer oferecer uma alternativa de financiamento para a classe média. Especialmente para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil. O ministro não deu muitos detalhes sobre o programa “para não furar o anúncio” que o presidente Lula fará amanhã na capital paulista.

“Nós temos em boa parte da nossa sociedade famílias que ganham mais ou menos entre R$ 12 mil e até R$ 20 mil e que estão hoje numa situação de não ter nenhuma fonte de financiamento ou apenas fontes de financiamento que nós temos hoje. Nós queremos ampliar isso”, disse Jáder Filho durante o evento.

Mais tarde, em entrevista, ele ressaltou a grande carência de financiamento imobiliário para essa faixa da população

“Aquelas famílias que vão de R$ 12 mil a R$ 20 mil estavam desatendidas. E isso, obviamente, nos incomodava profundamente. Antes da criação do programa Minha Casa, Minha Vida da classe média, o problema era ainda maior porque o governo não atendia as famílias com renda acima de R$ 9,6 mil. Com as alterações que o presidente Lula vai anunciar, buscamos ampliar o financiamento. E os recursos para que todas as famílias que desejam realizar o sonho da casa própria – não apenas as de menor renda – encontrem nas instituições bancárias uma alternativa e um financiamento que caibam no bolso”.

Para o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, o novo modelo do governo federal deverá impulsionar o setor

“Não dá para ter uma expectativa em número de valores. Mas o que o governo federal, junto com o Banco Central, está fazendo é uma fórmula muito inteligente de poder trazer mais recursos para o mercado. No momento em que todos estão vendo que há uma redução dos volumes da carteira de poupança. Então, isso vai fazer com que venha mais volume para o mercado. E vindo mais volume, naturalmente as pessoas vão ter acesso ao financiamento. E isso é o que nós precisamos para que tenham capacidade de adquirir seus imóveis. Então, isso vai em direção ao que é necessário para o mercado”, disse ele a jornalistas.

Ajustes

Na entrevista, o ministro informou ainda que o governo está estudando ajustes nas três primeiras faixas do programa Minha Casa Minha Vida.

“A questão do teto de imóveis, eu tive ontem um diálogo com o ministro Rui Costa, da Casa Civil, e foi determinado que, em algumas faixas de renda, vamos sim fazer o ajuste do teto dos imóveis. Existe um processo de discussão, inclusive um pedido que foi feito por parte da Abrainc e de outros segmentos. De fazer também um ajuste no teto da renda. Isso é uma coisa que estamos estudando conjuntamente com a Abrainc e nossa equipe técnica dentro do Ministério das Cidades. Mas é provável que façamos também um ajuste no teto da renda”.

Fonte: agência brasil