No estudo, os pesquisadores treinaram 23 cães de diferentes raças, idades e origens
Pesquisadores dos Estados Unidos afirmaram que os cachorros podem ser grandes aliados no combate ao Parkinson. Um estudo concluiu que os animais podem farejar a doença com mais de 90% de precisão graças ao seu olfato 10 mil vezes mais sensível do que o humano.
A pesquisa faz parte do projeto PAD’s for Parkinson’s. Assim, a iniciativa busca acelerar e facilitar o diagnóstico da doença, usando os cães na triagem e permitindo que as pessoas possam iniciar o tratamento de forma precoce.
No estudo, os pesquisadores treinaram 23 cães de diferentes raças, idades e origens. Os animais aprenderam a distinguir amostras de odor de pessoas diagnosticadas com o Parkinson e de pessoas saudáveis.
As amostras consistiam em tecidos de camisetas que os pacientes dormiram, com suor, ou cotonetes passados nas costas ou no pescoço dos voluntários.
Em média, os cachorros treinados apresentaram 86% de sensibilidade e 89% de especificidade em relação à doença de Parkinson. No entanto, 10 cães atingiram sensibilidades e especificidades maiores que 90%.
O resultado confirma que cães podem sentir o cheiro da doença. No entanto, os cientistas não sabem explicar quais compostos olfativos ou misturas de compostos associados com a doença detectados.
Dessa forma, indicam que são necessárias mais pesquisas para avaliar a possibilidade do uso efetivo dos cachorros no diagnóstico e combate da doença.
Outros estudos já relacionaram o olfato dos animais ao Parkinson
- O estudo em questão teve publicação na plataforma bioRxiv.
- Apesar de ainda não ter revisado por pares (ou seja, ainda necessite de validação por outros pesquisadores), outros trabalhos já apontaram para resultados semelhantes.
- Em 2022, cientistas da Central South University, na China, demonstraram a capacidade dos cachorros em farejar pessoas com Parkinson, independentemente de terem iniciado o tratamento ou não contra a doença.
- Um caso é emblemático: a esposa de um paciente idoso detectou mudanças no cheiro do marido, o que culminou no diagnóstico da condição degenerativa.
Fonte: olhardigital