No momento, você está visualizando Brasileiros pagaram menos por legumes, carnes e ovos após tarifas dos EUA; entenda
Brasileiros pagaram menos por legumes, carnes e ovos após tarifas dos EUA, a queda foi de 4% e 3,4%, respectivamente nos preços ao consumidor. Foto: Freepik

Brasileiros pagaram menos por legumes, carnes e ovos após tarifas dos EUA; entenda

Em agosto, os preços de produtos como ovos e carnes vermelhas caíram para os brasileiros após as tarifas impostas pelos EUA

Os brasileiros pagaram menos no mês de agosto por produtos listados nas tarifas de exportação dos Estados Unidos (EUA), ovos e carnes vermelhas, por exemplo, apresentaram queda de 4% e 3,4%. Respectivamente, nos preços ao consumidor.

Já a categoria de legumes apresentou a maior queda do período, com preços que caíram mais de 6,7%. É o que indica o estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, da Neogrid, divulgada com exclusividade ao InfoMoney.

No caso dos legumes, além das melhores condições climáticas que favoreceram as plantações, a maior oferta interna causada pelo tarifaço de Donald Trump também foi um fator importante para a redução dos preços.

As taxas de 50% sobre importações brasileiras aplicadas pelos EUA afetaram diretamente os produtores dos itens na mira de Trump. Mas aliviaram o bolso dos consumidores brasileiros, em certa medida.

Sobretudo, entre os produtos de origem animal, por sua vez, o quilo dos cortes bovinos passaram de R$ 38,07 em julho para R$ 36,77 em agosto. O que representa queda de 3,4%. Enquanto a carne suína caiu de R$ 19,45 para R$ 18,87 — ou seja, recuo de 3%. O preço da farinha de mandioca também registrou baixa de 2,5%.

“Como os Estados Unidos são um dos maiores compradores de carnes e derivados de soja do Brasil, o ‘tarifaço’ reduziu o volume exportado, o que elevou a oferta interna e pressionou os preços para baixo nessas categorias”, explica Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid.

Fercher afirma que o efeito não fica restrito à balança comercial, pois impacta diretamente o carrinho de compras dos brasileiros. “Para os próximos meses, a expectativa é de que os preços permaneçam estáveis, refletindo uma inflação mais controlada. No entanto, o mercado segue sensível a fatores como safra, logística e câmbio”, analisa.

Produtos com aumento de preços

Em contrapartida, outras categorias registraram alta durante o período analisado, como visto para o creme dental (+1,9%), margarina (+1,7%), óleo de soja (+1,6%) e sal (+1,6%). A cerveja também apresentou elevação de 1,2%, com preço médio de R$ 13,21.

O café (em pó e em grãos) continua como líder na maior alta de preços considerando o acumulado de dezembro de 2024 até agosto de 2025.

O preço médio por quilo de café subiu de R$ 53,58 em dezembro do ano passado para R$ 73,75 em agosto deste ano. Apresentando variação de 37,6%.

Por fim, na comparação anual, outros produtos que registraram aumentos foram margarina (6,3%), creme dental (5,7%), pão (2,1%) e refrigerantes (1,3%).

Fonte: infomoney