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O tempo para agendar o visto começou aumentar após o efeito direto da pandemia de covid-19 que impactou o funcionamento das missões diplomáticas

Brasileiros esperam quase 600 dias para tirar visto americano

Os Estados Unidos deixaram de emitir o documento para estrangeiros no período de restrições mais severas

O visto americano ficará mais caro no próximo mês e, a poucos dias do reajuste, os brasileiros que desejam visitar os EUA pela primeira vez enfrentam quase 600 dias nas embaixadas e consulados para tirar o visto americano.

Assim, a partir de 30 de maio, a taxa para emissão da modalidade B1/B2 (turismo/negócio) pulará de US$ 160 para US$ 185 (ou seja, de R$ 790 para cerca de R$ 914, na cotação atual da moeda brasileira).

Até o dia 12 de abril, o tempo de espera para fazer a entrevista na embaixada e consulados brasileiros estava assim:

  • São Paulo: 571 dias
  • Rio de Janeiro458 dias
  • Brasília479 dias
  • Porto Alegre: 441 dias
  • Recife: 381 dias

Segundo a consultoria jurídica para assuntos de imigração AG Immigration Group, São Paulo, Brasília e Porto Alegre registram o maior tempo de espera da história.

No entanto, a longa fila só atinge as pessoas que estão tirando o visto pela primeira vez.

Aliás, para renovação, por exemplo, São Paulo tem 10 dias; Brasília, Porto Alegre e Recife, 2 dias; e Rio de Janeiro, 1 dia.

O tempo para agendar o visto começou aumentar após o efeito direto da pandemia de covid-19 que impactou o funcionamento das missões diplomáticas. Além disso, os Estados Unidos deixaram de emitir o documento para estrangeiros no período de restrições mais severas.

De acordo com um levantamento da consultoria especializada em educação internacional STB, em 2022, o setor de intercambio avançou cerca de 30%, na comparação com o período pré-pandêmico – 2019.

Sobre o aumento do valor do visto americano

A nova taxa de emissão do visto B1/B2 (turismo/negócio) leva em conta um cálculo do Departamento de Estado dos EUA sobre a demanda pelo serviço.

Segundo o órgão, o reajuste é necessário para adequar as receitas aos custos do atendimento, que não estariam sendo cobertos.

Assim, o governo americano afirmou que o reajuste poderia ser ainda maior se não houvesse uma revisão de sua proposta original.

Fonte: G1