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Comitivas do Brasil, China e Índia discutem protocolos para a ampliação do comércio agropecuário Foto: Freepik

Brasil discute com China e Índia aumento do comércio agropecuário

Encontro entre Brasil, China e Índia ocorre em meio a tarifaço dos EUA

O Brasil discute com a China e a Índia a adoção de protocolos de mercado que ampliem o comércio agropecuário. Os encontros, promovidos na capital federal, ocorrem em meio ao tarifaço de Donald Trump, dos Estados Unidos, e às vésperas da reunião dos Brics, em julho.

Nesse sentido, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem se reunido nos últimos dias com representantes dos governos da Índia, juntamente com Rússia, Irã e por fim, Emirados Árabes.

E, para a próxima terça-feira (22), está programada uma visita ao Brasil de autoridades do GACC, o departamento alfandegário chinês, responsável pelas regras de importação.

“Não deixa de estar presente a pauta de ampliação de mercado e assim, superar os desafios do momento tarifário dos Estados Unidos. E estamos tratando isso sobretudo como oportunidade”, disse Fávaro à CNN.

Em meio a uma escalada do tarifaço, a China acelerou a compra da soja brasileira. Assim, na última semana, o país asiático fez uma compra de cerca de 2,4 milhões de toneladas.

Atualmente, a China representa 75% da exportação da soja brasileira. O mercado aposta em um aumento de pelo menos 80%.

A soja é justamente a principal commodity exportada pelos EUA para a China, o que tem preocupado o agronegócio americano.

“Está aumentando [a venda] de forma natural”, disse o ministro brasileiro.

Tarifaço pode ampliar em US$ 7 bilhões exportação de soja do Brasil à China

Em termos de receita, o montante exportado para o país asiático pode atingir US$ 50 bilhões, caso o cenário se concretize, dependendo dos fatores cambiais e do volume exportado

As exportações de soja do Brasil para a China podem alcançar 90 milhões de toneladas caso a guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos se intensifique ainda mais. O Brasil embarca para a China cerca de 75 milhões de toneladas. O número é baseado em estimativas de casas de análise consultadas pela EXAME.

Em termos de receita, o montante exportado para a China pode aumentar até US$ 7 bilhões, atingindo US$ 50 bilhões em 2025, caso esse cenário mais agressivo se concretize, dependendo de fatores cambiais e do volume embarcado.

De acordo com análise da Datagro Consultoria, a China é o principal destino da soja norte-americana. Ela é responsável por 52% das exportações dos EUA em 2024; o equivalente a 27,1 milhões de toneladas. O México, segundo principal destino dos EUA, respondeu por menos de 10% no ano passado.

Fontes: cnn e Exame