O Tesouro Nacional anunciou (5) o resultado da terceira emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional. A operação, realizada nos Estados Unidos, movimentou US$ 2,25 bilhões, com a emissão de um novo título de sete anos — o Global 2033 Sustentável — e a reabertura do título Global 2035.

O Global 2033 Sustentável, com vencimento em 4 de fevereiro de 2033, foi emitido no valor de US$ 1,5 bilhão. Com juros de 5,75% ao ano, ou seja, pagando 5,75% ao ano aos investidores. Além disso, o Tesouro pagará um cupom de 5,5% ao ano semestralmente, em fevereiro e em agosto.
Destinado a financiar projetos sociais e ambientais, o título sustentável teve um spread 187,4 pontos-base (1,874 ponto percentual) acima do título do Tesouro dos Estados Unidos. Segundo o Tesouro, o mercado internacional demonstra uma percepção favorável sobre a credibilidade fiscal do país, o que mantém o prêmio de risco em nível historicamente baixo.
A primeira emissão de títulos verdes, realizada em novembro de 2023, rendeu US$ 2 bilhões ao financiamento de projetos sociais e ambientais. Por outro lado, o Tesouro também captou US$ 2 bilhões no segundo lançamento, em junho deste ano.
Global 2035
Além do novo papel, o governo ampliou em US$ 750 milhões o volume do Global 2035, lançado em fevereiro deste ano. Com isso, o título soma US$ 4,5 bilhões em circulação, incluindo todas as emissões. Contudo, o papel tem vencimento em 15 de março de 2035 e paga juros de 6,2% ao ano e spread de 210,9 pontos-base sobre os papéis de dez anos do Tesouro estadunidense.
Demanda
Segundo o Tesouro Nacional, a operação teve demanda cerca de três vezes superior ao volume ofertado. Com o livro de ordens atingindo aproximadamente US$ 6,7 bilhões. Mais de 150 investidores participaram da emissão, com 74% da alocação final concentrada em investidores da Europa e da América do Norte. Incluindo, contudo, fundos com foco em critérios ESG (ambiental, social e de governança).
O órgão destacou que a nova emissão reforça o papel da dívida externa na diversificação da base de investidores e no alongamento do prazo médio da Dívida Pública Federal. Além de contribuir para a formação de benchmarks líquidos para futuras emissões corporativas brasileiras no exterior.
Fonte: agência brasil



