Cidade alemã se tornará o lar de até 1.000 empresas grandes e pequenas, cerca de 20.000 pessoas trabalhando em pesquisa, desenvolvimento e produção

Em 1974, quando o aeroporto Tegel de Berlim foi inaugurado, tudo o que ele precisava fazer era acomodar cerca de 2,5 milhões de passageiros por ano. Quando ele estava pronto para fechar suas portas em 2020, mais de 24 milhões de pessoas voavam para o aeroporto anualmente.

À medida que a popularidade de Berlim crescia continuamente – é um destino próspero para turismo, negócios, ciência e tecnologia, Tegel se tornou uma vítima do sucesso da cidade.

Diz-se que o novo aeroporto de Berlin Brandenburg terá, no entanto, capacidade para receber até 58 milhões de visitantes anuais até 2040, um sinal dos tempos, se é que alguma vez existiu.

Centro de tecnologia a apenas 20 minutos do centro da cidade.

Mas o legado de Tegel viverá. Nos próximos anos, o site será desenvolvido no valor de cerca de US$ 9,5 bilhões, em um centro de tecnologia a apenas 20 minutos do centro da cidade.

Chamado de “Berlin TXL – The Urban Tech Republic“, ele se tornará o lar de até 1.000 empresas grandes e pequenas, com cerca de 20.000 pessoas trabalhando em pesquisa, desenvolvimento e produção.

Enquanto isso, um pouco mais longe de Berlim, a Tesla está investindo US$ 11 bilhões em sua nova Gigafactory europeia e fábrica de baterias, recebendo até US$ 1,9 bilhão em subsídios do governo e criando pelo menos 14.000 novos empregos.

Nova instalação foi anunciada em 2019

O fato de a empresa americana ter escolhido a região da capital alemã em vez de Londres e outras grandes cidades para sua base europeia diz muito. “Berlim é demais”, disse Elon Musk, CEO da Tesla, quando a nova instalação foi anunciada em 2019. “Venho muito a Berlim.”

Esses dois projetos somam-se a uma espécie de “halo tecnológico” que se constrói em torno de uma cidade já descrita como um dos lugares para se estar quando se trata de ciência, pesquisa e tecnologia.

Berlim com pesquisa científica e inovação

Embora o COVID-19 tenha prejudicado as fortunas de vilas e cidades ao redor do mundo, a economia de Berlim, com seus robustos setores de ciência, digital e tecnologia, sofreu uma queda de apenas 1,4%.

Um afluxo global de talentos, atraídos para a cidade por causa de sua reputação como um centro de inovação, permitiu que Berlim superasse até mesmo suas expectativas mais extravagantes.

Pesquisa científica e inovação

Hoje, a cidade onde Albert Einstein trabalhou um dia continua a se destacar em tecnologia digital, pesquisa científica e inovação – e de uma forma que recebe todos os que chegam. “Não apenas a cidade em si, mas especialmente sua comunidade científica se tornou muito internacional”, disse Günter M. Ziegler, presidente da Freie Universität Berlin. “É fácil fazer parte disso.”

Jovens talentos, cientistas renomados e acadêmicos ambiciosos deram uma cara ao lado inovador de Berlim por meio da campanha inspiradora Brain City Berlin. Os “cérebros de Berlim”, como são conhecidos os participantes. Eles atuam como embaixadores da paisagem científica da cidade – embora não seja necessário vender muito quando você pode se orgulhar de Berlim ser a cidade número 1 em startups na Alemanha.

Ft: busiessinsider