O balanço mostra que a carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias
O Banco do Brasil informou na segunda-feira (15) que registrou um lucro líquido ajustado de R$ 8,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023.
Analistas, em média, esperavam que o Banco do Brasil estatal apresentasse lucro líquido de R$ 8,69 bilhões para os três primeiros meses do ano, segundo dados da Refinitiv.
De acordo com o balanço apresentado, o resultado foi puxado pela carteira de crédito, com desempenho positivo em todos os segmentos. Somado ao controle da inadimplência, diversificação de receitas e controle dos custos, diz o comunicado do banco.
Crédito
O balanço mostra que a carteira de crédito ampliada, que inclui TVM (títulos e valores mobiliários) privados e garantias, registrou saldo de R$ 1,03 trilhão em março de 2023, crescimento trimestral de 2,7%. Assim, na comparação em 12 meses, o crescimento foi de 16,8%.
Na carteira de agronegócios, o saldo é de R$ 322,5 bilhões, crescimento anual de 26,7%, de acordo com o banco, que afirma ter a liderança de desembolso no plano safra 2022/2023. Com um crescimento de 30% em relação à safra anterior, atingindo R$ 148,4 bilhões. Na atuação da agricultura familiar, o Banco apresentou crescimento de 38% no desembolso de crédito, atingindo R$ 58,4 bilhões em saldo, informa.
Na categoria Pessoa Física, o crédito chegou a R$ 300,1 bilhões, 3,6% maior no trimestre e 11,7% em 12 meses, com destaque para o desempenho na carteira de crédito consignado com alta de 3,0% no trimestre e de 9,6% em 12 meses e do crédito não consignado, 3,7% maior no trimestre e 9,3% em 12 meses.
Aliás, o banco destaca ainda as concessões para empresas lideradas por mulheres, que cresceu 36%. Assim, outro destaque foi na linha do Pronampe, com R$ 2,5 bilhões em concessões nos primeiros três meses do ano.
Inadimplência
A provisão para perdas com empréstimos mais que dobrou em um ano, passando de R$ 2,76 bilhões no primeiro trimestre de 2022 para 5,86 bilhões.
Além disso, o aumento da provisão ocorreu com o índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias voltando a crescer. Seguindo tendência do mercado diante da elevação dos juros no país no período.
O índice passou de 1,89% da carteira no início do ano passado para 2,62% ao final de março, número também maior que os 2,51% do final de 2022.
Fonte: CNN