De acordo com o comunicado da FGV, o resultado deriva das movimentações dos principais setores da economia brasileira: enquanto o superávit da agropecuária aumentou, em razão das restrições da oferta agrícola com a guerra na Ucrânia e questões climáticas, o da indústria extrativa reduziu, impactado pelo desempenho desfavorável do minério de ferro.
“Os preços agrícolas não devem acelerar com o fim do efeito das secas e substituição das fontes de grãos da Ucrânia e da Rússia, o que significa que a melhora das exportações irá depender mais do volume exportado”, prevê a FGV.
Exportações
Por isso, o déficit da indústria de transformação, por outro lado da Balança comercial aumentou, de US$ 45,3 bilhões para US$ 48,5 bilhões. O setor responde por 55,7% das exportações brasileiras e por 86% das importações.
Já a indústria extrativa explica 22,8% das exportações e 11,3% das importações. Na agropecuária, os dados são de 21,3% e 2%, respectivamente.
Na comparação anual, em valor, a maior taxa de variação no ano foi da agropecuária (37,9%), seguida da de transformação (25,2%). A indústria extrativa registrou queda de 4,7%.
Para este ano, a FGV projeta exportações e importações menores, na Balança comercial em bilhões por causa de uma provável desaceleração da economia mundial e uma taxa de crescimento abaixo de 1% no Brasil.
A média diária das exportações registrou nas duas primeiras semanas de janeiro aumento de 16,8%, com alta de 17,1% em agropecuária, crescimento de 16,1% em Indústria da transformação e expansão de 18,9% em produtos da indústria extrativa.
Sendo assim, já as importações caíram 1,6%, com alta de 24,0% em agropecuária, queda de 46,3% em indústria extrativa e alta 5,8% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.
Fonte: agencia brasil/EBC