Cotações do boi gordo reagem e ultrapassam a referência
Segundo o Indicador Boi Datagro, o preço médio da arroba em Mato Grosso do Sul (R$ 324,07) já superou o da praça tradicional de São Paulo (R$ 322,71). Goiás aparece logo atrás, confirmando a pressão de alta em importantes praças produtoras.
Além disso, o levantamento mostra saltos expressivos nas cotações em três estados em apenas um dia:
Já São Paulo registrou uma leve variação positiva, com a arroba indo de R$ 324,75 para R$ 325,17, e Mato Grosso do Sul se manteve como destaque, com média de R$ 331,36.
Mercado atacadista acompanha movimento
Quarto traseiro: R$ 25,00/kg (estável)
Exportações e “efeito China” reforçam tendência
Contudo, os analistas pedem atenção para um ponto de incerteza: o governo chinês deve divulgar ainda em novembro o resultado da investigação sobre o impacto das importações de carne bovina na produção local. A depender do desfecho, isso pode afetar os embarques brasileiros no médio prazo.
Oferta limitada mantém firmeza nos preços
Segundo a Scot Consultoria, a postura dos vendedores também colabora com o atual cenário. Apesar de haver bons volumes de bois confinados, os pecuaristas estão firmes nas pedidas e evitam fechar abaixo das referências. Além disso, há pouca oferta de boiadas de pasto, o que limita ainda mais o volume disponível para abate.
Na avaliação da Agrifatto, o viés segue de alta para a primeira quinzena de novembro, com destaque para as praças de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia e Santa Catarina, que já registraram altas diárias nos últimos levantamentos.
Perspectivas no mercado do boi gordo
A combinação de oferta controlada, demanda aquecida no atacado e exportações em alta cria um cenário de sustentação para os preços do boi gordo. Desse modo, a expectativa é de que novos reajustes possam ser observados nos próximos dias. Especialmente com o aumento da liquidez trazido pelo 13º salário e o avanço da China sobre os estoques internacionais.
Com esse movimento, o pecuarista ganha poder de negociação, enquanto os frigoríficos, pressionados por escalas curtas, devem manter a agressividade nas compras.
Fonte: comprerural



