Com as altas na taxa básica de juros, a Selic, os investimentos em renda fixa se tornam mais atraentes
A arrecadação federal bateu novo recorde mensal em julho deste ano, chegando a R$ 202,588 bilhões entre recolhimento de impostos e contribuições. Sendo assim, esse é o melhor resultado para toda a série histórica do mês, iniciada em 1995.
Além disso, o resultado também é o sétimo recorde consecutivo em 2022, considerando a comparação anual dos meses anteriores.
Aliás, o valor representa um aumento de 7,47% em relação à arrecadação do mesmo mês de 2021, quando o governo registrou recolhimento de R$ 171,3 bilhões. Portanto, no acumulado de 2022, a arrecadação federal já chega a R$ 1,29 trilhão.
De janeiro a julho, o crescimento real da arrecadação foi de 10,44%, somando 1,292 trilhão de reais. Também com o desempenho mais forte para o período da série. O crescimento da arrecadação se deu a despeito de desonerações promovidas pelo governo no IPI e o PIS-Cofins sobre combustíveis, que somadas tiveram um impacto negativo de 3,9 bilhões de reais sobre as receitas do mês, segundo o fisco.
O que ocasionou o recorde da arrecadação federal
De acordo com a Receita Federal Brasileira, os resultados podem ser explicados, principalmente, pela alta no recolhimento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre empresas públicas e privadas.
Os dados disponibilizados nesta sexta-feira (26) pela RFB destacam que o IRRF (Imposto sobre a Renda Retido na Fonta) teve arrecadação de R$ 6,37 milhões. Assim, com acréscimo real de 52,54% no período em relação a julho do ano passado.
Segundo a Receita, o resultado pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 153,36% na arrecadação sobre “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)” e de 86,33% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”.
Com as altas na taxa básica de juros, a Selic, os investimentos em renda fixa se tornam mais atraentes. Atualmente, a Selic no Brasil está em 13,75% ao ano.
Fonte: resenhapolitika