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O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo,  o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu (30) um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição. - Foto: Reprodução.

Argentina corta taxa e Brasil volta a ter maior juro real do mundo

A Argentina caiu da 1º para a 3º posição, após seu Banco Central reduzir sua taxa de juros em 3 pontos percentuais, o topo agora está com Brasil, que tem o maior juro real

Atualmente, o Brasil passou a ter o maior juro real do mundo, nesse sentido, o Banco Central da Argentina, antiga líder do ranking, promoveu (30) um novo corte em sua taxa básica de juros e tirou o país da primeira posição.

Assim, a autoridade monetária reduziu suas taxas de 32% para 29% ao ano. De acordo com a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”

Nesse meio tempo, a Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de ainda estar bastante alta, houve uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.

Dessa forma, com a taxa de juro real é calculada, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses, o juro real argentino caiu para 6,14%. Desse modo, o país passou, então, para a terceira colocação no ranking.

Portanto, quem assume a ponta é antigo vice-líder, o Brasil. Assim, nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar mais uma vez a Selic em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, e o juro real a 9,18%.

Dessa forma, na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Ranking de juros reais

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Taxas de juros atuais descontadas a inflação projetada para os próximos 12 meses. – Foto: Reprodução/ Money you

Alta da Selic

Assim, o Copom anunciou (29) sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.

Então, na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. Nesse sentido, a decisão marca a quarta alta seguida da Selic.

Selic: a trajetória da taxa básica de juros

Em % ao ano

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Gráfico da trajetória da Selic. – Foto: Reprodução/ g1.

Juros nominais

Por fim, considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.

Veja abaixo:

  1. Turquia: 45,00%
  2. Argentina: 29,00%
  3. Rússia: 21,00%
  4. Brasil: 13,25%
  5. México: 10,00%
  6. Colômbia: 9,50%
  7. África do Sul: 7,75%
  8. Hungria: 6,50%
  9. Índia: 6,50%
  10. Filipinas: 5,75%
  11. Indonésia: 5,75%
  12. Polônia: 5,75%
  13. Chile: 5,00%
  14. Hong Kong: 4,75%
  15. Reino Unido: 4,75%
  16. Estados Unidos: 4,50%
  17. Israel: 4,50%
  18. Austrália: 4,35%
  19. Nova Zelândia: 4,25%
  20. República Checa: 4,00%
  21. Canadá: 3,25%
  22. Alemanha: 3,15%
  23. Áustria: 3,15%
  24. Espanha: 3,15%
  25. Grécia: 3,15%
  26. Holanda: 3,15%
  27. Portugal: 3,15%
  28. Bélgica: 3,15%
  29. França: 3,15%
  30. Itália: 3,15%
  31. China: 3,10%
  32. Coreia do Sul: 3,00%
  33. Malásia: 3,00%
  34. Cingapura: 2,98%
  35. Dinamarca: 2,60%
  36. Suécia: 2,50%
  37. Tailândia: 2,25%
  38. Taiwan: 2,00%
  39. Suíça: 0,50%
  40. Japão: 0,50%

Fonte: g1