Aprosoja-MS prevê crescimento da nova safra
O tempo de pausa obrigatória na lavoura (chamado de “vazio sanitário”) termina no próximo dia 15 e a Associação dos produtores de soja (Aprosoja-MS) prevê 53 sacas por hectare na nova safra, o que representa um crescimento de 2% em relação à anterior.
A princípio, a área estimada é de 4,8 milhões de hectares. Isso é um crescimento de 5,9%. Do mesmo modo, a produção tem 15,2 milhões de toneladas. A saber, um aumento de 8,1%.
Safra mais cara
O coordenador técnico da entidade, Gabriel Balta, afirma: “A gente vai ter uma safra mais cara”. Além disso, ele completou: “O custeio veio muito alto. A saber, as taxas de juros são maiores que o previsto, entre 10 e 14%. Por conseguinte, na safra passada ela não chegava a 10%”.
Ademais, na avaliação dele, os R$ 113,78 bilhões disponibilizados no Plano Safra 25/26 não são suficientes para toda a produção. O valor, a saber, é para equalização de dívidas de médios e grandes agricultores.
O coordenador analisa: “O restante precisa ser buscado em bancos privados. Com efeito, é sem custeio do governo. Afinal, é com mais garantias. Em outras palavras, há mais dificuldade para o produtor conseguir o crédito”.
Por fim, o plantio deve começar mais cedo na região sul. Em contrapartida, ele terá atraso no norte do estado por causa do clima.
“O produtor depende do clima para poder plantar. Às vezes vai demorar mais um pouco porque não chove na região. E o produtor precisa que o solo fique úmido para começar a plantar”, disse o gerente institucional da Aprosoja-MS, Tauan Almeida.
As informações fazem parte da gravação do podcast Agro de Primeira que vai ao ar na próxima quarta-feira, 17 de setembro.
Gabriel lembra que das últimas cinco safras, quatro apresentaram perdas.
Por isso, ele orienta que o produto seja cauteloso e tome algumas medidas para o plantio:
- Ser mais cauteloso
- Regular as máquinas para evitar perdas
- Se tem seguro rural, fique atento às questões do zoneamento
Apesar do receio e dos números discretos, eles lembram que a supersafra do milho, que está em fim de colheita, traz esperança para o produtor de soja.
Fonte: Aprosoja-MS