A Apple foi condenada a pagar R$ 3,35 bilhões de multa à Masimo por violar patentes de tecnologia usada no Apple Watch
A Apple foi condenada por um júri federal na Califórnia, nos EUA, a pagar US$ 634 milhões (R$ 3,35 bilhões, em multa) à empresa de dispositivos médicos Masimo por violação de patente relacionada à tecnologia de monitoramento de oxigênio no sangue usada no Apple Watch.
A decisão envolve recursos do relógio como o modo de treino e os alertas de frequência cardíaca, que, segundo o júri, infringem um registro de propriedade intelectual da Masimo.
Em comunicado, a Masimo classificou o resultado como “uma vitória importante” e reforçou que seguirá defendendo suas tecnologias. A Apple, por sua vez, afirmou à Reuters que pretende recorrer. A empresa também destacou que a patente em questão expirou em 2022 e se refere a uma tecnologia de monitoramento usada “há décadas”.
Um conflito que vem de longa data
O conflito ganhou força em 2023, quando a Comissão de Comércio Internacional dos EUA (ITC) decidiu a favor da Masimo e proibiu a importação de Apple Watches com recursos de medição de oxigênio no sangue. Desde então, relógios da Apple vendidos no país deixaram de trazer a função ativada.
Apple contorna bloqueio e reacende disputa
Em agosto deste ano, a Apple apresentou uma solução alternativa: uma nova versão da medição de oxigênio que realiza o cálculo no iPhone pareado, e não no próprio relógio. Isso, segundo a empresa, contorna as restrições impostas pela ITC.
A Masimo, porém, afirma que a solução continua violando sua tecnologia e entrou com um processo contra o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP). Acusando o órgão de permitir a importação de Apple Watches com o novo sistema. Paralelamente, a Apple tenta na Justiça reverter o bloqueio original da ITC.
Por fim, o embate não é unilateral. A Apple também processou a Masimo por violação de design industrial — e venceu, mas recebeu apenas US$ 250. Valor simbólico por se tratar de uma infração mínima.




