Segundo a Aneel, a hidrelétrica atende hoje 11,3% da demanda do mercado brasileiro e 88,1% do mercado paraguaio
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (25) o valor definitivo da tarifa de repasse da energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu em 2023. A cifra será de US$ 20,23 kW/mês (quilowatt-mês).
Em dezembro, a agência tinha estipulado, de forma provisória, a tarifa de repasse de Itaipu em US$ 16,19 kW/mês.
A tarifa de repasse de Itaipu é o valor pago pelas distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste que compram energia da usina através da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), que assumiu a operação com a privatização da Eletrobras.
Assim, o valor também tem impacto na conta de luz, já que essa tarifa tem repasse ao consumidor final. Aliás, o efeito nas faturas, porém, também depende da variação do dólar e do montante de energia que a distribuidora compra da hidrelétrica.
Além disso, a usina de Itaipu teve a construção feita pelo Brasil e pelo Paraguai. Segundo a Aneel, a hidrelétrica atende hoje 11,3% da demanda do mercado brasileiro e 88,1% do mercado paraguaio.
Como o valor é definido da tarifa da usina de Itaipu
O principal componente da tarifa de Itaipu é o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), que considera, por exemplo, despesas de exploração (a operação, manutenção e gestão da empresa e os projetos socioambientais).
Esse custo tem definição pelo Conselho de Administração de Itaipu. Ou seja, o conselho calcula a tarifa de serviços (Cuse) e a Aneel aprova o valor final da tarifa levando em consideração esse e outros componentes, como o saldo da Conta de Comercialização da Energia Elétrica da Itaipu e o custo da energia produzida pela usina e cedida ao Brasil.
No fim governo Bolsonaro, o lado brasileiro fixou unilateralmente o valor da tarifa de serviços (Cuse) em US$ 12,67 kW/mês.
Sem a definição pelo Conselho de Administração de Itaipu, a Aneel estipulou provisoriamente a tarifa de Itaipu em US$ 16,19 kW/mês.
Fonte: G1