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Os trabalhos dos alunos da Reme apresentados na semana passada na UFMS.

Alunos do REME são premiados em feira de tecnologia da UFMS

Os projetos apresentados foram vencedores em várias categorias

Trabalhos de pesquisa científica e projetos em diversas áreas do conhecimento, conduzidos por alunos da Reme apresentados e premiados na 12ª edição da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul realizada na UFMS.

Por isso, alguns dos alunos da Reme também vão representar o estado em uma feira de ciências nacional, que será realizada em Pernambuco, além de receberem bolsas de estudo e para pesquisa, e ainda participarem de aulas e oficinas na UFMS.

Na sala de aula e nas escolas, os alunos desenvolveram diversos nichos para pesquisa, escolheram objeto para o trabalho, coletaram dados e analisaram resultados.

Então, em cada etapa os estudantes aprenderam e melhoraram as habilidades, transformando todo o processo em experiência de conhecimento.

“Eu já queria fazer faculdade de algo ligado ao campo, veterinária ou agronomia. Então,  por causa da pesquisa eu confirmei esse desejo. Foi muito bom participar e aprender mais com a pesquisa. É uma experiência diferente e ajuda a entender o que estamos estudando”, afirmou Sabrina.

Contudo, a aluna Sabrina Bullmann, 16 anos, que é aluna do 2º ano do ensino médio da Escola Municipal Agrícola Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo.

Várias equipes de alunos do ensino fundamental e médio da unidade escolar participaram da Fetec, com pesquisas em diversas áreas.

Alunos do 9º ano, o trio de amigos Ana Luiza, Guilherme e Kamilly Vitória, todos de 14 anos, fizeram um trabalho voltando a convencer os professores a permitirem o uso do celular em sala de aula. E já obtiveram resultados.

“Alguns passaram a aceitar e a usar mais o celular na rotina das aulas. Mas, nós mostramos que o celular é útil e um aliado no dia a dia da escola”, explica Guilherme da Silva.

Dessa forma, o tema estudado por Kauanny, Sthefanny e Maraiza, também de 14 anos, foi voltado a identificar formas de garantir segurança alimentar e sustentabilidade aos pequenos agricultores familiares.

“Estudamos sobre formas de plantio, sem desmatamento. E agregando outras práticas, como a bovinocultura aliada a agricultura. É possível e importante colocar em prática, pois hoje, 70% do nosso alimento é produzido pelos pequenos produtores”, garante Kauanny dos Santos.

Outra pesquisa envolvendo a região ajudou os alunos a entenderem a história dos moradores locais. “A gente entrevistou 80 moradores e conseguimos até descobrir que a região da Três Barras tem esse nome porque são três córregos – Rabicho, Bálsamo e Cachoeirinha – que deságuam no Rio Anhanduí”, explicou Vitória de Jesus, 13 anos, aluna do 8º ano.

O estudo foi direcionado à realidade delas, que são moradoras da região da Três Barras.

Já as alunas da Escola Municipal Irmã Edith Coelho Netto, no Jardim Columbia, pesquisaram sobre educação financeira, o que gerou impacto em toda a turma do 5º ano.

“Eu pensei que na pandemia, muitas pessoas ficaram desempregadas. E que de alguma forma as pessoas precisam aprender sobre educação financeira. Eu juntei latinhas, vendi, comprei 150 mudas de alface e vendemos. Tudo isso para ensinar que podemos ter as finanças em ordem, sempre pensando no futuro, economizando. Então,  meus colegas de sala ajudaram e também aprenderam”, explica  a aluna Karine Batista dos Santos, 10 anos.

“Todo o projeto de pesquisa auxiliou na desenvoltura dos alunos, eles aprendem a se comunicar melhor, a falar em sala de aula e apresentar suas ideias. A turma toda contribuiu, ajudou na questão dos cálculos matemáticos, interpretação de texto. Por isso, uma forma da mediação do aprendizado do aluno, de entender melhor o conteúdo”, explicou a professora do laboratório de ciências da Escola Irmã Edith Coelho, Thatyane Brasil.

Exemplos

As alunas Nicole e Rebeca do 9º ano da Escola Municipal Professora Lenita de Sena Nachif, no Jardim Centro-Oeste, desenvolveram um protótipo do quadro de Punnett, para os alunos com deficiência, utilizado em genética e que facilita o cruzamento de gametas, demonstrando de forma mais clara e lúdica como obter os resultados.

“Nós conseguimos sensibilizar a inclusão dos alunos com deficiência. Mas, foi ótimo trabalhar nesta área e poder contribuir. Nosso projeto desenvolveu uma parte prática, que realmente ajuda os alunos no aprendizado”, disse Rebeca Silva, 14 anos.

Por exemplo, o projeto que destaque na Fetec foi dos alunos da REME do 4º ano da Escola Municipal Antônio José Paniago, no Jardim Itamaracá. “A gente conseguiu diminuir o desperdício da merenda. Antes era entre 11 e 15 quilos por dia, passou para 2 quilos.

Monitoramos e conscientizamos para que não servissem o que não fossem comer”, disse Leandro Augusto Martins, 10 anos. “Não podemos deixar jogar comida fora.

Sendo assim, o pouco que ia para o lixo, usamos na nossa horta, como adubo”, afirmou Paulo Martins, também de 10 anos.

“Agora a gente quer zerar o desperdício, essa é a meta. E na nossa casa também não tem comida jogada fora”, finalizou Letícia Rodrigues, 9 anos.

Os trabalhos dos alunos da Reme apresentados na semana passada na UFMS, também estavam na Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec), organizada pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), realizado entre os dias 5 e 7 de outubro.