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Em 2o. lugar, a compra de roupas, calçados, eletrodomésticos, e outros, foi responsável por 46% do endividamento por cartão de crédito

Compra de alimentos é a principal causa de endividamento

Segundo informações do Serasa

A principal causa do endividamento dos brasileiros tem sido é a compra de alimentos. Isso segundo levantamento do Serasa, que analisou o perfil e comportamento dos consumidores endividados no país. A pesquisa ocorreu no mês de outubro, o destaque foi para as contas básicas.

A pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023” revelou que, das dívidas contraídas por conta do cartão de crédito, 59% correspondem a gastos de alimentos em supermercados. O endividamento com compra de alimentos, sem dúvidas ficou no topo.  Em segundo lugar, a compra de produtos como roupas, calçados, eletrodomésticos, dentre outros, foi responsável por 46% do endividamento por cartão dos consumidores no Brasil.

Em seguida, aparecem os gastos com remédios ou tratamentos médicos (37%). Bem como, compras de alimentos por delivery, como Ifood, Rappi, Uber Eats (21%). E transporte/ combustível (21%). O levantamento mostrou também que 53% dos brasileiros endividados dizem que as contas de luz, água e gás representam a maior parcela do seu orçamento mensal.

Dos entrevistados, 83% dizem que já atrasaram o pagamento de outro tipo de obrigação financeira. Porque tiveram de priorizar o pagamento de uma conta de consumo de casa. O estudo identificou também que, para a maioria (82%) das pessoas, o valor dessas contas dentro do orçamento chega a até R$ 750. Isso é quase a metade do salário-mínimo, que atualmente está em R$ 1.320.

Atrasos longos no pagamento de dívidas também são comuns entre boa parte dos brasileiros. Pois 74% dos devedores de contas básicas afirmam ter uma pendência atrasada há pelo menos um ano.

 

Por que os brasileiros se endividaram tanto?

Izis Ferreira, economista da CNC, afirma que três fatores contribuíram para esse recorde de endividamento em 2022: a alta da inflação até a metade do ano, que corroeu o poder de compra das famílias; o incentivo crescente ao uso do cartão de crédito, através da oferta de novos produtos e serviços por bancos e fintechs; e, para os mais ricos, a demanda represada por serviços, como viagens e compra de passagens aéreas, geralmente pagos no cartão.