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A casa vai abrir as portas a partir das 20h para receber os fãs e, no palco, Alcione, acompanhada dos 10 músicos da Banda do Sol

Alcione volta à Capital para celebrar seus 50 anos de carreira, sábado (8)

Alcione e Banda do Sol se apresentam no Show “Tijolo por Tijolo”, sábado, dia 8 de outubro, às 20h

Na estreia do musical que comemora a carreira da artista, em São Paulo, no dia 9 de setembro, Alcione marcou presença, pegando todos de surpresa ao entoar, no meio da plateia do Teatro Sérgio Cardoso, “Não Deixe o Samba Morrer” (1975), de Edson Conceição e Aloísio Silva, um dos clássicos do seu repertório – e da MPB.

Assim é o espetáculo de Miguel Falabella e Jô Santana – “uma produção exuberante, bem cuidada, lapidada” – reúne em cena um elenco de 23 intérpretes para, como diz a homenageada, contar e cantar a história da jovem que mal tinha completado 20 anos de idade, em 1968, quando deixou São Luís do Maranhão para se tornar uma das vozes mais reverenciadas do Brasil.

“Nem me diga. Foi uma emoção tão forte, nem sei como consegui me segurar ao assistir àqueles artistas maravilhosos contando, e cantando, a minha história. E que cantoras! Que atores! Acho que por muito tempo ainda vou me sentir impactada por essa emoção, uma das mais intensas que vivi até hoje”, derrama-se Alcione ao comentar “Marrom, o Musical”.

EMOÇÃO NA CARREIRA DE ALCIONE

Assim é a Marrom. Emoção de ponta a ponta em tudo que põe a mão e a voz. E é com brilho na voz, por ocasião do seu próximo show em Campo Grande, que se apresenta neste sábado (8), no Buffet Ondara Palace.

A casa vai abrir as portas a partir das 20h para receber os fãs e, no palco, Alcione, acompanhada dos 10 músicos da Banda do Sol que integram “Tijolo por Tijolo”, nome do disco de inéditas e do espetáculo que a estrela preparou para a celebração de cinco décadas de estrada em 2020. Mas, aí veio a pandemia e a cantora chegou a contrair Covid-19, além de uma cirurgia na coluna.

Agora, em meio à turnê municipal que realiza em vários pontos do território carioca, Alcione parte para cumprir os reagendamentos do show Brasil afora, para além do Rio de Janeiro.

“Estou recarregando as baterias para retornar à turnê pelos 50 anos de carreira, ansiosa pelo recomeço”, declara Alcione, que completa 75 anos no dia 21 de novembro e se define como “uma cantora feliz por reencontrar seu público, aqueles que ajudaram a construir minha carreira. Aliás, um espetáculo cheio de hits, para a plateia se deliciar cantando junto conosco”.

NOVELEIRA

Falando em hits, apenas para lembrar, a lista da Marrom é bem extensa. Além da citada “Não Deixe O Samba Morrer”, o repertório terá, por exemplo, “Sufoco”, “Nem Morta”, “Garoto Maroto”, “Estranha Loucura”, “Meu Vício É Você”, “A Loba”, “Meu Ébano”, “Faz Uma Loucura por Mim” e “surpresas que sempre preparo, com o maior carinho, para presentear os fãs”, promete Alcione.

“Não dá para adiantar tudo, gosto de reservar sempre algumas novidades”, despista. Quando, por exemplo, o repórter tenta confirmar se “Lençóis” – tema da personagem Martha [Claudia di Moura] na novela “Cara e Coragem” – está no setlist, a cantora mantém o mistério, mas lembra que também é hitmaker de tramas televisivas faz tempo.

“ De fato, tive a sorte de emplacar muitos temas de novela, inclusive na primeira protagonizada por um casal de atores negros (‘Da Cor do Pecado’, 2004), Taís Araújo e Rocco Pitanga. A música é ‘Você Me Vira a Cabeça’, que é presença constante em meus shows”, recobra.

“Sou noveleira, gosto muito. E felizmente a personagem [Martha] foge à rotina daquele velho script em que atores negros só podiam atuar como serviçais e encarnando personagens menos importantes nas tramas. A Claudia di Moura, sem dúvida, é excelente e está deslumbrante no papel. Tive a alegria de participar de um filme [‘Arcanos’, dirigido por Diego Freitas] com ela e a Lília Cabral, em São Luís, que deverá estrear em 2023”, conta Alcione, que, não faz muito, foi tema do documentário “O Samba É Primo do Jazz” (2021), de Angela Zoé.

JAZZ E AXL ROSE NA CARREIRA DE ALCIONE

“Amo as grandes divas do jazz e tive a chance de realizar alguns espetáculos interpretando clássicos do gênero”, diz a diva do samba que, entre as grandes intérpretes norte-americanas, destaca Ella Fitzgerald como a sua preferida.

Aliás, talvez os mais novos não saibam que a Marrom também bate um bolão no pistom. “Todos [ela e os oito irmãos] aprendemos instrumentos na adolescência. Meu pai era maestro da banda de música em São Luís. Minha família sempre foi musical”, diz a cantora.

Outro astro dos EUA que volta e meia cruza o seu caminho é ninguém menos que Axl Rose, pelo menos segundo noticia a imprensa. Qual a verdade sobre isso?

“Fomos da mesma gravadora durante os anos 1990 e nos encontramos, por acaso, quando estávamos hospedados no mesmo hotel. Sempre fui fã dele. Aliás, foi um encontro muito amistoso, agradável, e ele foi muito simpático”, relata.

ARTE É DÁDIVA

Antes de iniciar sua carreira, Alcione diz que ouvia “de tudo” desde menina, no Maranhão. “Naquela época, o rádio tocava canções brasileiras e internacionais, e todos os gêneros musicais. Então, reverenciei, desde cedo, algumas das maiores cantoras desse país, como Núbya Lafayette, Angela Maria. Dessa maneira, cheguei a gravar um álbum de boleros, recentemente [2016]”.

“Arte é dádiva divina. Admiro dança, teatro, cinema, todas as formas artísticas. Além da ‘deusa música’, é claro. Já fiz umas participações em especiais como atriz, mas não sou nenhuma Fernanda Montenegro, não”, entrega Marrom, caindo na gargalhada e emendando com um conselho dirigido aos jovens talentos.

“ Além disso, meu conselho para qualquer artista é que seja sempre verdadeiro, autêntico. E certamente tem que trabalhar, ralar muito mesmo. Por isso, eu faço isso até hoje”, diz ela, sem parar de sorrir

“Estou muito feliz com a proximidade do meu aniversário e de festejar esses 50 anos de carreira. Só tenho a agradecer a Deus e aos que me acompanham durante essa jornada. E meu orgulho é poder continuar a contar com a parceria dos fãs, sem eles a gente não é nada. Não existe artista sem público”, revela.

CARINHO EM CG

“Tem uns cinco anos que me apresentei em Campo Grande. Certamente, é uma cidade que sempre me acolheu com o maior carinho, só boas e gratas lembranças, que vamos aumentar nessa nova chance de nos encontrarmos”, afaga a cantora, que, após essa turnê, vai lançar um novo álbum, gravado no Theatro Municipal do Rio, pela gravadora Biscoito Fino.

Em seguida, confira os integrantes da Banda do Sol: Nelson Freitas (teclados), Dudu Dias (baixo), Alvinho Santos (violão), Edinho Santana (cavaco), Paulo Bogado (bateria), Betinho Nazareth (percussão), Rodrigo Revelles (sax), Lázaro Duarte (trompete), Maria Helena e Sylvia Nazareth (vocais).

SERVIÇO

Alcione e Banda do Sol

Show “Tijolo por Tijolo”, sábado, dia 8 de outubro, às 20h, no Buffet Ondara Palace (Parque dos Poderes).

Os ingressos ainda disponíveis custam de R$ 135 a R$ 1.200.

Vendas: Comper Jardim dos Estados ou pedrosilvapromocoes.com.br.

Mais informações: (67) 99296-6565 (WhatsApp).