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Em prol de transformar o setor aéreo, a Airbus, apresentou o avião ZEROe, que é movido a hidrogênio. Foto: Reprodução

FRANÇA: Airbus apresenta avião movido a hidrogênio e promete revolucionar o setor aéreo

Com o intuito de revolucionar o setor da aviação, a Airbus revelou o conceito ZEROe, um modelo de avião totalmente movido a hidrogênio, confira

A Airbus deu um passo ousado rumo ao futuro da aviação ao revelar o conceito ZEROe, um modelo de avião totalmente movido a hidrogênio. Com foco em sustentabilidade, o projeto visa cortar completamente as emissões de carbono em voos comerciais até 2035. A aeronave traz uma combinação de células de combustível e propulsão elétrica, prometendo transformar radicalmente o setor, atualmente pressionado por metas climáticas globais. Segundo o portal Interesting Engineering e comunicados da própria Airbus, o ZEROe representa uma aposta concreta na viabilidade do hidrogênio como solução limpa e eficiente.

Airbus aposta no hidrogênio como motor do futuro

A Airbus está investindo pesado em alternativas sustentáveis ao querosene de aviação, e o hidrogênio desponta como protagonista dessa transformação. O projeto ZEROe, revelado pela fabricante europeia, incorpora células de combustível que convertem hidrogênio em energia elétrica, emitindo apenas vapor d’água como subproduto. De acordo com a própria Airbus, cada uma das quatro hélices do avião é alimentada por um sistema independente, oferecendo redundância, segurança e eficiência energética. Fatores cruciais para a aviação do futuro.

Parceria tecnológica acelera o desenvolvimento

O avião ZEROe tem quatro motores que funcionam com energia feita a partir de hidrogênio. Cada motor ajuda o avião a voar de forma forte e sem poluir o ar.

Para viabilizar o armazenamento e uso do hidrogênio em voos comerciais, a Airbus firmou uma parceria estratégica com a Air Liquide Advanced Technologies. Juntas, as empresas desenvolveram o LH2BB (Liquid Hydrogen BreadBoard), um sistema avançado de testes localizado em Grenoble, na França. Essa base experimental é considerada essencial para refinar as tecnologias que permitirão voos mais seguros e economicamente viáveis com hidrogênio líquido. A informação foi divulgada pela Airbus durante sua última conferência técnica.

ZEROe é o símbolo da descarbonização na aviação

O conceito ZEROe não é apenas uma nova aeronave, mas um símbolo do compromisso da Airbus com a neutralidade de carbono no setor aéreo. Todavia, a empresa já havia anunciado planos ambiciosos para reduzir sua pegada ambiental e agora apresenta um projeto que coloca esse discurso em prática. Contudo, o portal Interesting Engineering destacou que a Airbus também investe em soluções complementares como combustíveis sustentáveis (SAF), inteligência em tráfego aéreo e tecnologias de eficiência operacional, tudo alinhado à meta global de uma aviação com baixas ou zero emissões até meados do século.

Desafios técnicos e estruturais ainda estão no radar

Apesar do otimismo em torno do ZEROe, a Airbus reconhece que ainda há grandes obstáculos a superar. A cadeia de abastecimento de hidrogênio, a adaptação dos aeroportos e a regulamentação internacional para esse tipo de combustível exigem cooperação global. Reportagem da Reuters destacou que a empresa pode adiar etapas do projeto caso os avanços em infraestrutura não acompanhem a velocidade da tecnologia. Ainda assim, a Airbus segue firme em sua visão de que o hidrogênio é a alternativa mais promissora para transformar o setor de forma definitiva.

Quando o avião da Airbus pode decolar de verdade?

A Airbus pretende colocar o ZEROe no ar até 2035, mas testes mais robustos devem acontecer já nos próximos anos. Contudo, o protótipo atual é uma base de estudo que pode originar diferentes variantes, como aviões regionais e de médio porte. Portanto, segundo a Airbus, o cronograma será rigoroso, mas flexível o suficiente para se adaptar às realidades técnicas e comerciais. Com isso, a fabricante reforça sua posição como uma das líderes globais na transição para uma aviação sustentável, rivalizando com outras gigantes que ainda estudam caminhos alternativos ao hidrogênio.

Fonte: Interesting Engineering