Valor representa crescimento de 18,29% frente a 2020, somou-se R$ 58,12 bilhões
A agropecuária de Mato Grosso do Sul deve registar R$ 68,75 bilhões em receita no Valor Bruto da Produção (VBP), em 2021. O valor representa crescimento de 18,29% frente a 2020. Desse modo, somou R$ 58,12 bilhões, indicam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Cepea/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Segundo dados da Granos Corretora, nesse sentido, apontam que a expectativa de faturamento da agricultura atinja R$ 46,8 bilhões. Ou seja, quase 20% superior aos R$ 39 bilhões do período anterior. Assim, na pecuária, esse aumento chega próximo aos 15%, saindo de R$ 19 bilhões em 2020, para R$ 21,9 bilhões em 2021.
Pecuária
O último levantamento do Cepea demonstra que, no sistema de produção ‘recria-engorda’ na bovinocultura de corte, a arroba subiu 60% entre os meses de julho de 2020 a 2021. “Isso demonstra, no entanto, o tamanho do desafio enfrentado pelo invernista diante da valorização generalizada nos preços dos insumos”, finaliza a analista técnica.
Grãos
Apesar do crescimento estimado no faturamento do setor em Mato Grosso do Sul, os custos de produção implicam em um desafio maior. Informações registradas pela Aprosoja/MS apontam que na safra de soja 2020/21 a média do custo operacional por hectare foi de R$ 3,4 mil. Desse valor, 52,4% foram gastos predominantemente para compra de insumos agrícolas para as lavouras.
O milho 2ª safra/2021 registrou um custo operacional de R$ 3,2 mil por hectare. A manutenção da lavoura foi responsável por 63,62% desse valor, com destaque para o uso de fertilizantes e sementes com 27,92% e 16,26%, respectivamente.
Conforme o Departamento Técnico do Sistema Famasul, os altos custos de produção da agropecuária são reflexo do aumento no preço dos insumos agrícolas no mercado nacional devido à valorização do dólar frente ao real, que encareceu as importações. “A safra de soja gerou resultado positivo com a produtividade dentro do esperado e produção recorde. Essa não será a realidade para o milho, a queda na produtividade implicará em maior custo por saca produzida”, analisa Eliamar.