Recursos foram debatidos em reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária
O Ministério da Agricultura está negociando com a Fazenda cerca de R$ 500 bilhões para o Plano Safra 2024/25. Apesar dos números ainda não estarem aprovados pelo governo federal, a expectativa é que a cifra seja maior do que no ano passado, quando R$ 364,22 bilhões foram ofertados.
Dessa forma, os recursos debatidos durante o tradicional encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que aconteceu em Brasília.
Por isso, o assunto rendeu debates fervorosos entre os deputados da bancada do agro e representantes da União.
“Precisamos de um Plano Safra robusto, principalmente no que tange a equalização de juros. Hoje a conta levantada por nossas entidades é de R$ 21 bilhões para isso, que é efetivamente o dinheiro que o governo gasta […]. Além disso, precisamos de ao menos R$ 3 bilhões de seguro e de auxílio à comercialização. Mas, são temas importantes que estamos preocupados […]”, diz o presidente da FPA, Pedro Lupion.
Segundo ele, é preciso que o novo Plano seja proporcional à crise que o setor enfrentou no começo e no final do ano passado, ao problema no Rio Grande do Sul e aos desafios do dia a dia da produção agrícola.
“Lembrando que ainda existe a possibilidade que haja um desconto no valor do Plano Safra sobre os recursos do auxílio para a seca do começo do ano, mas ainda não vimos ser aplicado esse dinheiro, então não teria o porque disso e também a preocupação daquela definição de cortes do Proagro, que, provavelmente, vão migrar para o PSR, ou seja, o seguro rural vai precisar de mais recurso”.
Pedido de aumento
O diretor executivo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, também participou do encontro. Ele destacou que os números previamente anunciados ainda não satisfazem o desejado pela instituição.
“Nossa proposta foi de R$ 570 bilhões, visto as dificuldades de se conseguir crédito no mercado privado, principalmente para o pequeno e médio. Esse aumento de 31% [ante ao último Plano Safra] é o que esperamos que aconteça. Sabemos da dificuldade de orçamento, por isso fizemos várias sugestões para alterar a exigibilidade, principalmente da LCA, saindo dos 50% para os 80% de direcionamento para o setor e otimizar a questão dos recursos, reduzindo venda casada, custos cartoriais, fazendo com que o recurso realmente chegue na mão do produtor”.