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Agosto Lilás em MS tem formação de lideranças no combate à violência contra a mulher. Ação integra o Programa Protege Foto: ms.gov.br

Governo de MS inicia formação comunitária no combate à violência doméstica

Programa Protege fortalece formação de lideranças no Agosto Lilás em MS

No Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, o Governo de MS, por meio da SEC (Secretaria de Estado da Cidadania), promove a Formação de Lideranças Comunitárias em Defesa das Mulheres. A ação integra o Programa Protege, estratégia estadual de prevenção e enfrentamento à violência de gênero.

O objetivo é fortalecer as redes de proteção, ampliar o conhecimento sobre os diferentes tipos de violência: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, além de incentivar que lideranças comunitárias se tornem agentes ativos na prevenção e no enfrentamento dessa realidade.

A primeira formação acontece no dia 16 de agosto, às 8h, no auditório da SEC (Av. Ceará, 984 – Campo Grande). As inscrições estão abertas no link www.pesquisa.ms.gov.br/pesquisa/223 (copie e cole em seu navegador).

Agosto Lilás em MS: por elas, proteção de todos os lados

Segundo a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa, a atuação comunitária pode fazer a diferença no enfrentamento à violência de gênero.

“Queremos preparar lideranças, formalmente reconhecidas ou não, para compreender o fenômeno da violência contra a mulher, conhecer todos os tipos e identificar sinais muitas vezes naturalizados, como a violência psicológica, que é altamente subnotificada. Essas lideranças serão a voz da política pública no território, divulgando informações e serviços disponíveis, como o Ceamca, em Campo Grande, que oferece atendimento jurídico, psicossocial e acolhimento também a crianças e adolescentes no contexto familiar da vítima”, explica.

Na prática, a formação vai sensibilizar para que quando uma liderança identifique que uma mulher pode estar sofrendo violência, o primeiro passo seja acolher, ouvi-la sem julgamento e oferecer apoio.

“Caso essa mulher decida denunciar, é preciso orientá-la sobre os canais e serviços disponíveis. Informação é poder, e nosso papel é garantir que as mulheres saibam que têm direitos e onde buscar proteção”, completa Manuela.

A subsecretária ainda ressalta que, passados 19 anos da Lei Maria da Penha, o Brasil avançou no atendimento e nas políticas de enfrentamento, mas a prevenção ainda precisa ser consolidada.

“Quando incluímos ações de prevenção e diálogo sobre igualdade e respeito nas escolas, com adolescentes e jovens, plantamos as sementes de uma mudança real de comportamento. É assim que vamos reduzir a violência contra as mulheres.”

A formação também terá participação da assessora do Núcleo Institucional da Cidadania da Polícia Civil, a delegada Ariene Murad, explicando sobre o ciclo da violência que acomete as mulheres sul-mato-grossenses.

“Os números de violência doméstica e familiar que ainda assolam a sociedade nos fazem chamar a atenção para a importância da transformação pela prevenção e pela orientação. Nada mais importante do que engajarmos a sociedade, que tem dever constitucional de fazer segurança pública, para essa pauta, para essa temática, orientando e chamando a essa responsabilidade que é de todos nós”, destaca.

Protege

Primeiramente, o Protege (Programa Estadual de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres) é uma política pública integrada e transversal. Ele foi instituído em junho de 2025 pelo Governo de Mato Grosso do Sul.

O programa, por sua vez, reúne diversas áreas do Estado. Por exemplo, as secretarias de Cidadania, Justiça e Segurança Pública. Igualmente, envolve Assistência Social e Direitos Humanos, Desenvolvimento e Educação. Assim também articula órgãos do sistema de justiça e forças de segurança.

Afinal, o objetivo é consolidar estratégias intersetoriais. Essas estratégias promovem prevenção, proteção e atendimento. De antemão, buscam garantir direitos e a reconstrução de vidas. Assim, rompem o ciclo da violência com dignidade e autonomia.

O programa, então, atua em três pilares. Em primeiro lugar, a prevenção primária, com ações educativas e sociais para equidade de gênero. Depois, a prevenção secundária, com identificação precoce de riscos. Ela busca a proteção imediata das vítimas. Por fim, a prevenção terciária, focada na reparação e autonomia das mulheres.

Entre as ações estratégicas estão a ampliação de canais de denúncia. Também a qualificação de equipes de atendimento. Além disso, a inserção de gênero em escolas. Por outro lado, há a formação de líderes comunitários e o fomento ao empreendedorismo. Outras ações são a municipalização da metodologia Ceamca e a ampliação do Painel Mulheres do Observatório da Cidadania.

Fonte: ms.gov.br