Você pode ter ouvido o termo “neurodivergente” em uma conversa ou em uma rede social e ficado sem saber o que era
Dito de forma simples, a neurodiversidade se refere às diferentes maneiras como o cérebro de uma pessoa processa informações. Em geral, as pessoas pensam, aprendem, se comunicam e processam as coisas de formas diferentes – assim, a neurodiversidade, que abrange a pessoa neurodivergente, é um termo abrangente usado para descrever algumas dessas variações.
O termo também está associado a um movimento social que trabalha para reduzir os estigmas em torno das condições associadas a pessoas neurodivergentes.
O que significa ser neurodivergente?
Criado por Judy Singer em 1997, o conceito de “neurodiversidade” reconhece as diferenças no cérebro humano. A autora, que também é autista, ajudou a dissolver a ideia outrora sólida de que todos nós vemos, sentimos, tocamos, ouvimos, cheiramos e entendemos as informações mais ou menos da mesma maneira.
Deste modo, o termo “neurodivergente” pode ser aplicado a uma ampla gama de diferenças em relação ao neurodesenvolvimento, incluindo autismo, TDAH, dislexia ou discalculia e outras diferenças de aprendizado, além de transtorno de processamento sensorial.
Muitas outras condições podem se enquadrar na neurodiversidade, como, por exemplo, a síndrome de Tourette e a síndrome de Down. Além disso, é possível que a definição de neurodivergência continue a se expandir à medida que as percepções da sociedade mudarem.
Quem pode ser neurodivergente?
Não existe definição única, nem abrangente o suficiente, para descrever uma pessoa neurodivergente. Um dos principais motivos para isso é que, mesmo entre um grupo de pessoas que possuem o mesmo diagnóstico, a experiência de vida e com a neurodivergência é individual.
Outras podem não ser capazes de comunicar suas necessidades, podem ter dificuldades com comportamentos prejudiciais que afetam sua segurança e bem-estar, e podem depender de apoio em todas as áreas de sua vida.
Ainda assim, de maneira generalizada, algumas das características podem ser mais comuns entre pessoas neurodivergentes. Elas incluem, mas não estão limitadas a: interesses restritos, comportamentos repetitivos, dificuldade na comunicação social, dificuldade para regular a atenção, e sensibilidades sensoriais – ou seja, dificuldade ao receber, interpretar ou regular as informações dos sentidos.
Qual a diferença entre neurotípico e neurodivergente?
O termo “neurotípico” se refere a uma pessoa cujo cérebro funciona e processa informações da maneira que a sociedade consideraria “típica” ou padrão. Se você for neurotípico, talvez tenha mais facilidade para participar de conversas sem pensar muito, por exemplo. Também é provável que você não tenha problemas sensoriais irregulares.
As experiências de uma pessoa neurodivergente podem ser muito diferentes. Se você é neurodivergente, seu cérebro funciona de maneiras que outras pessoas talvez não esperem. Assim, você pode sentir que precisa “mascarar” seu verdadeiro eu para se adaptar e ser aceito nos ambientes que frequenta.
Quais os sintomas da neurodivergência?
Fonte: olhar digital