Acordo de comércio bilateral entre Brasil e Vietnã prevê expansão do agronegócio, exportação de aeronaves e cooperação científica
Brasil e Vietnã firmaram um Plano de Ação Estratégica para ampliar o comércio bilateral, com a meta de alcançar US$ 15 bilhões até 2030. Assim, o acordo foi assinado durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.
Entre as prioridades do plano estão economia, defesa, bem como investimentos, agricultura, meio ambiente, ciência e tecnologia. Um dos principais avanços será a abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira. Isso se soma às exportações já existentes de frango e carne suína. Além disso, Lula propôs a venda de jatos regionais da Embraer ao país.
Outro tema debatido foi o café. Brasil e Vietnã, os maiores produtores mundiais do grão, buscam desenvolver pesquisas para torná-lo mais resistente às mudanças climáticas, que por sua vez, impactaram as safras recentes e elevaram os preços globais.
O comércio entre os dois países movimenta atualmente cerca de US$ 8 bilhões por ano. O Vietnã já importa mais produtos do agronegócio brasileiro do que países como França e Reino Unido. Lula também pretende negociar um acordo comercial entre o Mercosul e o Vietnã, aproveitando que o Brasil assumirá a presidência do bloco em julho.
Lula diz que Vietnã pode se tornar centro regional de operação do Brasil em processamento de carne
O presidente brasileiro afirmou ainda nesta sexta-feira (28) que o Vietnã pode se tornar um centro da região para operações do Brasil de processamento de carne. Cuong disse que o país está ‘considerando seriamente’ permitir a entrada de carne bovina brasileira.
“A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira atrairá investimentos de frigoríficos do Brasil para fazer deste país uma plataforma de exportação para o Sudeste Asiático”, afirmou Lula
De acordo com a agência de notícias Reuters, a empresa brasileira de alimentos JBS estaria considerando construir uma fábrica de processamento de carnes no norte do Vietnã. Seria a primeira na Ásia. Porém, isso depende do país realmente seguir com a proposta de abrir o mercado para carne bovina brasileira.
Fonte: cbn