No último show da carreira, no Mineirão, para mais de 60 mil pessoas, Bituca demonstrou mais uma vez ser referência de gerações.
Não é o fim de uma carreira, absolutamente, não. O último show de Milton Nascimento, em Belo Horizonte, crava, definitivamente, voz, letras, canções, melodias e toda a obra do artista na história da música mundial.
Contudo, Bituca demonstrou, mais uma vez, ser referência de gerações. Mais de 60 mil pessoas – crianças, jovens e idosos – de diferentes partes do Brasil e mundo afora cantaram e se emocionaram ao som do músico.
O Mineirão, palco do espetáculo, transbordava lágrimas e emoção. Então, a sinergia entre a plateia e Milton Nascimento gerou declarações de amor. Mas, de um lado o público gritava, em sintonia: “Bituca, eu te amo!”. De cima do palco, Bituca devolvia: “Eu amo vocês!”.
Integrantes do legendário Clube da Esquina também marcaram presença e agregaram mais emoção à última sessão de música, dentre eles Lô Borges, Wagner Tiso, Toninho Horta e Beto Guedes, além do “velho amigo” Samuel Rosa, do Skank. E entre essa turma, Milton aproveitou para celebrar a liberdade, dizendo: “viva a democracia!”
Sendo assim, do início ao fim, com homenagem e referência à cantora e amiga Gal Costa, que morreu no último dia 9 de novembro, a quem Milton dedicou o show, Bituca, aos 80 anos, cantou e emocionou. Lembrou da mãe e de amigos importantes, como o parceiro Fernando Brant e a cantora argentina Mercedes Sosa.
De “Ponta de Areia” a “Encontro e Despedidas”, passando por “Maria, Maria”, “Travessia”, “Nos Bailes da Vida”, “Coração de Estudante” e “Canção de América”, dentre outros sucessos, Milton eternizou sua carreira no coração do planeta.
De ambos os lados, cantor e plateia, durante mais de duas horas, lágrimas confirmaram a perpetuação dessa obra, que jamais morrerá.
Fonte: madsound