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Abimaq sugere investimento no Plano Safra para Moderfrota Foto: Pexels.com

Plano Safra: Abimaq sugere R$ 21 bilhões para modernizar máquinas agrícolas, mas vê cenário crítico para obtenção de crédito rural

Abimaq sugere investimento no Plano Safra em reunião com Ministério da Agricultura

Representantes do agronegócio que integram a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) sugeriram ao governo federal uma destinação de R$ 21 bilhões de investimento no Plano Safra 2025/2026, para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota).

Assim, o pedido foi feito em recente reunião com o Ministério da Agricultura em Brasília (DF), de acordo com o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq (CSMIA), Pedro Estevão.

O valor solicitado para o investimento no Plano Safra, que também inclui subvenções para o médio produtor (Moderfrota Pronamp), é 70% maior do que o concedido no ciclo 2024/2025, de R$ 12,3 bilhões. Nesse sentido, a câmara setorial ainda sugeriu outros R$ 7 bilhões de crédito para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

De acordo com Estevão, os valores seriam os ideais para um plano robusto, contudo, dificilmente irá se consolidar em função da elevada taxa de juros e das limitações orçamentárias para o governo compensar essa diferença aos produtores rurais.

“A gente sabe que este ano o governo tem muita dificuldade em fazer um Plano Safra maior porque aumentou o juro. Ele tem que aumentar a subvenção e não tem orçamento pra isso”, disse, durante evento de lançamento da Agrishow, maior feira de tecnologia agrícola do país, que acontece no fim de abril em Ribeirão Preto (SP).

O Moderfrota é um dos programas do Plano Safra, pacote do governo federal que financia as atividades agropecuárias do país. Para o ciclo 2024/2025, tiveram destino à agricultura empresarial R$ 400,5 bilhões, quase 10% a mais do que no ciclo anterior.

Devido a problemas na aprovação do orçamento federal, o pacote chegou a ser suspenso pela União, mas foi retomado após uma medida provisória remanejar R$ 4 bilhões. Ainda assim, segundo Estevão, praticamente não há mais recursos disponíveis, a não ser créditos remanescentes do Banco do Brasil.