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Abate de bovinos cresce 4,8%, no primeiro trimestre. - Foto: Reprodução/ Ag. Brasil.

Abate de bovinos chegou 38,6 milhões em 2024, aponta relatório da Safras

Parte desse crescimento leva em conta o abate de fêmeas, que cresceu em 2024

O abate de bovinos no Brasil em 2024 atingiram um volume recorde de 38,6 milhões de cabeças. De acordo com a estimativa da consuloria Safras & Mercado, com um avanço de 12,6% frente ao volume registrado em 2023, de 34,28 milhões de animais.

De acordo com o analista Fernando Iglesias, parte desse crescimento leva em conta o abate de fêmeas, que cresceu significativamente no ano passado. “O elevado abate de fêmeas chegou a 9,894 milhões de cabeças em 2024. Assim,  superando em 13,3% as 8,798 milhões de cabeças em 2023, deve trazer impacto na oferta de bezerros ao longo de 2026”, alerta.

Iglesias afirma que o mercado de carne bovina, bastante pressionado por conta da elevada oferta na primeira metade de 2024, conseguiu reagir de forma bastante expressiva no segundo semestre, diante da boa demanda interna e, especialmente, do avanço contundente das exportações. “Os embarques de carne bovina brasileira ao longo de 2024, atingindo patamares recordes, conseguiram amenizar o efeito da entrada elevada da proteína no mercado interno”, pontua.

Qual a diferença entre o abate de macho e fêmea?

A diferença entre o abate de fêmeas e machos de bovinos está relacionada a fatores econômicos, zootécnicos e de mercado, afetando tanto a dinâmica da produção quanto a qualidade e o destino da carne:

Aspecto Econômico e Reprodutivo

As fêmeas são geralmente mantidas mais tempo no rebanho para reprodução, o que reduz sua frequência de abate em comparação aos machos. No entanto, quando o preço dos bezerros cai, o abate de fêmeas pode aumentar, como ocorreu recentemente no Brasil​.

Já os machos são mais comumente criados exclusivamente para a produção de carne, sendo abatidos mais jovens, geralmente entre 18 e 24 meses, otimizando o ganho de peso e a qualidade da carne​.

Qualidade da Carne

Fêmeas abatidas em idade mais avançada (após a reprodução) podem apresentar carne de qualidade inferior, com maior teor de gordura intramuscular e menor maciez, especialmente se submetidas a manejo inadequado antes do abate. Por outro lado, machos castrados tendem a produzir carne com maior marmoreio e mais maciez, enquanto machos inteiros oferecem carne mais magra​.

Mercado e Exportações

A carne de machos geralmente atende a padrões mais elevados para exportação devido à sua qualidade e composição uniforme. O abate de fêmeas, muitas vezes, atende ao mercado interno, especialmente quando elas já não são produtivas para reprodução​.

Essas diferenças também influenciam no manejo, transporte e práticas pré-abate. Assim, sendo fundamental que se garanta o bem-estar animal para minimizar perdas econômicas e manter a qualidade da carne

Fonte: band