Em compensação, os gatos crescem exponencialmente no país e o aumento já causa preocupação sanitária
A aparição de um gato na coletiva da Seleção Brasileira no Catar trouxe destaque para a situação desses animais no país sede da Copa do Mundo 2022. A população de gatos pelas ruas do Catar não para de crescer.
Em um estudo publicado em 2016, pela Universidade Hamad Bin Khalifa, o país soma quase 3 milhões de habitantes, enquanto o quantitativo de gatos estimado entre 2 e 3 milhões. A proporção é de um para um, enquanto os cachorros são raridade no país sede da Copa do Mundo.
A religião é a principal responsável por essas diferenças. O Catar tem uma nação 70% muçulmana, que age com leis, costumes e práticas enraizadas no Islamismo. Nesta crença, gatos considerados animais sagrados e admirados pela limpeza. Por outro lado, algumas correntes acham os cães impuros.
Esse comportamento reforçado em livros e relatos históricos. No livro Hadith Bukhari, do profeta Mohammad, é mencionado que: “Anjos não entram em uma casa que tenha um cachorro ou uma imagem“. Já Abu Hurairah, um dos companheiros deste profeta, ficou conhecido como “Pai dos Gatos”, devido estar sempre rodeado pelos felinos.
Ratos também motivaram o aumento da população felina
No Catar, os gatos estão presentes em todos os locais e são bem-vindos nas mesquitas. O crescimento da presença dos gatos no país iniciou na década de 1960, quando os ratos se tornaram um grande problema sanitário. Para resolver a questão, introduziram nas ruas um predador natural.
Contudo, a reprodução descontrolada dos gatos virou um possível vetor de doenças. Segundo o artigo da Universidade Hamad Bin Khalifa, registros de hospitais mostram que 41% dos idosos e 35% das mulheres em idade fértil no Catar têm ou tiveram toxoplasmose causada por um protozoário que pode estar presente nas fezes de gatos e cachorros infectados.
No entanto, ações básicas de higiene podem evitar o contágio, como lavar as mãos após ter contato com as fezes de animais e ingerir apenas alimentos previamente higienizados.
Por conta da Copa do Mundo, diversas ONGs de proteção animal denunciaram que o governo local retirou das ruas milhares de animais como forma de “limpar” a capital para receber os turistas.
O destino dos gatos não foi informado e a estimativa das organizações é que foram pelo menos 5 mil cachorros e muito mais gatos. Com informações do portal Super Esportes.
Fontes: oliberal, umdoisesportes