Você está visualizando atualmente Trade turístico é incentivo para fomentar agrofloresta no Pantanal
As agroflorestas estão sendo mantidas nesse território pantaneiro que fica a mais de seis horas de barco a partir de Corumbá (MS)

Trade turístico é incentivo para fomentar agrofloresta no Pantanal

As comunidades atendidas vivem em um território de grande potencial turístico por conta da beleza cênica e fauna

O sistema de agrofloresta implantado nas comunidades Amolar e Guató, localizadas na região da Serra do Amolar, no Alto Pantanal, passou por manutenção para que seja possível o plantio de novas culturas. A medida foi implantada por meio do Pró Pantanal. Iniciativa do Sebrae, em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP). As agroflorestas estão sendo mantidas nesse território pantaneiro que fica a mais de seis horas de barco a partir de Corumbá (MS), rio Paraguai acima.

Assim, a proposta do trabalho, inserido dentro do Plano de Desenvolvimento do Território Alto Pantanal, é garantir que comunidades remotas recebam fomento. Por meio da agricultura familiar para desenvolverem novas habilidades para contribuir na segurança alimentar, apoiar a produção de alimentos. Criar meio de geração de renda com comercialização da colheita para o trade turístico. E auxiliar no desenvolvimento sustentável da economia criativa.

Aliás, as comunidades atendidas vivem em um território de grande potencial turístico por conta da beleza cênica e fauna. Portanto, essas oportunidades permitem atividades voltadas tanto para a pesca esportiva, como para o turismo de contemplação e ecoturismo. Por meio do próprio Plano de Desenvolvimento do Território Alto Pantanal ainda existem outras ações paralelas em andamento para consolidar atividades turísticas nessa área e gerar também impacto positivo para as comunidades. Além disso, uma delas é o mapeamento de sítios arqueológicos (https://ms.agenciasebrae.com.br/cultura-empreendedora/atitude/com-historia-milenar-pantanal-tem-sitios-arqueologicos-a-serem-mapeados-para-servir-de-produto-turistico/).

Agrofloresta no Alto Pantanal

Sobre o trabalho envolvendo as agroflorestas, durante o mês de maio, houve uma manutenção para garantir que as plantas pudessem crescer e também houvesse novo plantio. Na comunidade Amolar, onde vivem atualmente oito famílias, ocorreu a manutenção das plantas e canteiros, limpeza das linhas e entre linhas, foram retiradas as abóboras que brotaram nos canteiros. Com isso, foram liberadas duas linhas para plantio de novas culturas. Já houve o preparo do solo também. Ainda ocorreu o manejo para a montagem de estrutura para plantação de tomates.

Na comunidade Guató, o trabalho voltado para acompanhar a instalação de sistema de irrigação na horta. Que passou a funcionar com energia solar após implantação pelo IHP. A possibilidade de manter uma irrigação periódica deve favorecer que a horta consiga ter mais resultado. Sendo assim, foram instalados na comunidade 46 canos, de 6 metros cada, para usar a água do rio Paraguai na irrigação. Ao todo, 8 esguichos ficaram disponíveis para favorecer o plantio e cuidado com as plantas.

Assim, a zootecnista no IHP Cristiane Brigitti dos Santos explica que está ocorrendo uma diversificação de plantio e aprimoramento das técnicas utilizadas para atender a demanda dos moradores. Além de garantir uma produção que possa gerar renda. “Quando as hortas foram implantadas nesses locais, procuramos atender as demandas dos moradores, do que eles já tinham o costume de consumir, como couve e alface. Além de implementar outras variedades, como quiabo e berinjela. Há diferentes velocidades de desenvolvimento (das plantas). E repassamos que é preciso respeitar a ocorrência dos processos naturais e toda sua dinâmica.”

Conservação e desenvolvimento

A atuação do Pró Pantanal e o IHP com o Plano de Desenvolvimento do Território Alto Pantanal tem o objetivo de criar mecanismos que favoreçam as comunidades tradicionais. E permita que seus moradores tenham uma vida com melhores condições e oportunidades, sem precisar recorrer a trabalho fora da região.

Contudo, a coordenadora do programa no Sebrae/MS, Isabella Montello, reforça que o despertar de ações empreendedoras oportunizam uma valorização da cultura pantaneira quando aliadas ao turismo.

“A comunidade da Serra do Amolar é uma das mais distantes, por isso buscamos um parceiro para levar a proposta de trabalhar a vertente do empreendedorismo. Aliás, o Sebrae junto ao Instituto está oferecendo alternativas de geração de renda, capacitando. E levando estrutura para que elas possam ter atividades produtivas. Assim, permaneçam no território e trabalhem na conservação ambiental, cultural e no modo de vida pantaneiro”, detalha.

O Plano de Desenvolvimento do Território Alto Pantanal prevê um conjunto de medidas para promover o desenvolvimento sustentável em comunidades tradicionais que habitam o Alto Pantanal. Uma área de cerca de 1 milhão de hectares. Que fica localizada entre os municípios de Corumbá (MS), Poconé e Cáceres (MT). Além das atividades diretas com os moradores, um mapa social está em elaboração para direcionar políticas empreendedoras em uma região com dezenas de famílias.

Agrofloresta: Sobre o Pró Pantanal

O Pró Pantanal – Programa de Apoio à Recuperação Econômica do Bioma Pantanal é uma iniciativa do Sebrae para fomentar atividades econômicas nos eixos do turismo, da economia criativa e do agronegócio existentes no Pantanal. Sendo assim, o programa ainda tem apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul (FAEMS), Instituto do Meio Ambiente de MS (Imasul). E Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC).

Sobre o IHP

Com mais de 20 anos de atuação, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) compartilha com a sociedade os desafios para a conservação do Pantanal e toda sua biodiversidade. Portanto, o Instituto é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Que atua na produção de natureza no bioma Pantanal, com respeito à história e à cultura local. Entretanto, dentre as atividades desenvolvidas, destacam-se a gestão de áreas protegidas, o apoio a pesquisas. E a promoção de diálogo entre os atores com interesse nas áreas.

Portanto, entre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, o desenvolvimento. E apoio a pesquisas científicas e a promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Assim, os programas e projetos permanentes que o Instituto atua são Rede Amolar, Cabeceiras do Pantanal, Amolar Experience, Felinos Pantaneiros, Memorial do Homem Pantaneiro, Brigada Alto Pantanal e Estratégias para Conservação da Natureza. Saiba mais em https://institutohomempantaneiro.org.br/.

Fonte: Governo de MS